Faculdade de Medicina
Em 1808, ao chegar em Salvador, vindo de Portugal, o Príncipe Regente Dom João terminou a proibição de cursos superiores no Brasil, para a formação de profissionais liberais, e criou a Escola de Cirurgia da Bahia, em 18 de fevereiro daquele ano. Recebeu o nome de Faculdade de Medicina da Bahia, em 1832.
As instalações da Faculdade eram parte do Colégio dos Jesuítas, no Terreiro de Jesus, fundado em 1553, e que foi a primeira instituição do Brasil a ministrar um curso de nível superior, no caso, a formação de sacerdotes. Em 1808, funcionava no local o Hospital Real Militar da Bahia, que foi adaptado para abrigar o ensino de medicina. O local da primeira sala de aula foi definido em 12 de março de 1808.
O processo de fundação teve a contribuição do doutor pernambucano José Correia Picanço, que foi professor de Anatomia da Universidade de Coimbra e era cirurgião-mór da Real Câmara, acompanhou o Príncipe Regente em sua vinda para Brasil. Picanço nomeou os dois primeiros professores da Escola: o português José Soares de Castro (1772-1849) e o o baiano Manoel Jozé Estrella (1760-1829), ambos eram renomados cirurgiões militares, habilitados pelo Colégio São José em Lisboa.
Em 1866, foi criada a Gazeta Médica da Bahia, a primeira revista científica do Brasil especializada em medicina. Foram publicados 3.870 trabalhos, até a última edição em 1976.
Em 1887, a Faculdade formou a primeira médica diplomada no Brasil, a gaúcha Rita Lobato Velho Lopes. Foi também a primeira instituição do País no uso clínico dos raios X.
Em 1905, parte das instalações da Faculdade foram destruídas por um incêndio. O projeto do novo edifício foi feito pelo engenheiro Theodoro Sampaio e incluía ampliações para abrigar, por exemplo, o laboratório de medicina legal, o primeiro do País, transformado, em 1911, no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.
Selo comemorativo do bicentenário de fundação da Faculdade de Medicina da Bahia, lançado em 2008, pelos Correios.
Foto antiga da entrada da Biblioteca da Faculdade de Medicina, na Rua das Portas do Carmo, que liga o Terreiro de Jesus ao Pelourinho. A biblioteca possui imenso acervo histórico da Medicina, incluindo muitas de teses de doutoramento da instituição, no século 19.
Fachada atual do Prédio histórico da Faculdade de Medicina da Bahia, entrada principal pelo Terreiro de Jesus.
A Faculdade abriga várias estátuas de médicos ilustres de autoria do escultor italiano Pasquale De Chirico.
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