Helvécia
Antigo Distrito de Colônia Leopoldina
Primeira Colônia Alemã do Brasil
Helvécia é uma vila e um distrito do Município de Nova Viçosa, no Sul da Bahia, na margem direita do Rio Peruípe (grafado antigamente como Peruhype) e com 3,7 mil habitantes (IBGE 2010).
Em 1818, chegaram colonos alemães e suíços, e fundaram a Colônia Leopoldina (atual Helvécia), 12 léguas acima do Rio Peruípe. Foi a primeira colônia alemã do Brasil.
Para entender este texto: cidade, vila, município e distrito são conceitos distintos. Município é uma divisão política da unidade da Federação, que pode ser subdividida em distritos. A sede municipal (núcleo urbano) é uma cidade, também sede do distrito principal. As sedes dos demais distritos do município, se houver, são vilas. Mas, até 1938, a sede municipal podia ser uma vila, como eram a Vila Viçosa e a Vila de Caravelas (cidade a partir de 1855). Esta era também a sede da comarca do extremo sul da Bahia. As comarcas, apesar de seu âmbito jurídico, eram usadas como uma referência geral de divisão regional, no século 19. No início do século 20, o Município de Viçosa possuía dois distritos: Viçosa e Colônia Leopoldina. O Município de Viçosa foi extinto, em 1931, e incorporado a Mucuri. O Distrito de Colônia Leopoldina passou a se chamar Helvécia, por decreto estadual nº 11.089, de 30 de novembro de 1938. Em 1962, o município foi recriado, com o nome de Nova Viçosa, que inclui o Distrito de Helvécia.
A presença de imigrantes alemães e suíços na Bahia é anterior a 1818. Existem registros de imigrantes alemães, em 1816, em Salvador e no sul da Bahia. Segundo Clemente Brandenburger, a colônia alemã, em Ilhéus, foi criada também em 1818 (artigo do Correio Paulistano, 16/11/1929). O Consulado de Hamburgo foi criado na Bahia, em 1820. Em 1851, eles fundaram o Cemitério Alemão, em Salvador. Fundaram também escolas e clubes alemães na Bahia.
Nessa época, não existia um país chamado Alemanha. Existiam países de povos germânicos, que eram parte do Sacro Império Romano, também referido como o Primeiro Reich alemão. Sob esse Império estavam, por exemplo, a antiga Prússia, a Áustria e a República Tcheca. O Império Alemão, o II Reich, foi fundado em 1871.
O Príncipe Regente abriu a concessão de sesmarias a estrangeiros no Brasil, com seu Decreto de 25 de novembro de 1808. Buscava principalmente aumentar a lavoura e a população.
Os suíços da Colônia Leopoldina vieram principalmente do Cantão de Neuchâtel ou Neuenburg, em alemão, que embora pertencesse à Suíça era um principado que pertencia hereditariamente à Coroa da Prússia, mas não ao Reino da Prússia. Esse foi um arranjo do Congresso de Viena, após as Guerras Napoleônicas, e durou até 1857. Segundo Béatrice Veyrassat (Réseaux d'affaires internationaux, émigrations et exportations en Amérique latine au XIXe siècle, 1993), muitos suíços emigraram para América, incluindo para a Bahia, fugindo da crise de 1816/17, na Suíça.
Segundo Carl August Tölsner, médico da Colônia (Dissertação inaugural publicada em Göettingen, 1858/ tradução de Hermann Nesser, 1951. Versão final publicada em 1860 - Die Colonie Leopoldina in Brasilien), a Colônia Leopoldina foi fundada, em 1818, por Pedro Peycke, Cônsul de Hamburgo em Salvador, e pelos naturalistas Georg Wilhelm Freyreiss e Carlos Guilherme Morhardt, ambos de Frankfurt. Eles se uniram aos suíços David Pache e Abraham Langhans, embarcaram em Salvador, navegaram até Caravelas e exploraram o Vale do Peruípe. Acharam justamente o que procuravam para seus planos (exploradores alemães estiveram antes na região, inclusive Freyreiss). Em seguida, dirigiram-se ao Governo e receberam sesmarias na margem sul do Rio Peruípe.
Outras referências adicionam à lista de fundadores o engenheiro von dem Busche (chamado de Barão em artigo do Frankfurter gemeinnützige Chronik, 1842, e por outros autores, com variações Bussche e Busch. W.F. Baron von dem Bussche aparece em artigo assinado por ele próprio, na C.Leopoldina, em junho de 1820, e publicado no Morgenblatt für gebildete leser, maio 1821) e o suíço Louis Langhans. Essas pessoas teriam participado, de alguma forma, da fundação da Colônias Leopoldina.
Freyreiss, fundador e primeiro administrador da Colônia, chegou ao Brasil em agosto de 1813, com 24 anos. Era naturalista e participou da expedição do príncipe alemão Maximiliano de Wied-Neuwied, entre 1815 e 1817, que percorreu partes do Brasil, incluindo o sul da Bahia. Em 1816, Freyreiss tornou-se correspondente da Real Academia de Ciências da Suécia e deixou alguns textos publicados, incluindo Viagem ao interior do Brasil (Reisen in Brasilien, escrito em 1815 e publicado, em português, em 1907) e Beiträge zur Näheren Kenntniss des Kaiserthums Brasilien, publicado em 1824, sobre a vida na região, inclusive na Colônia que fundou. Lá, ele faleceu em 1825.
O nome Leopoldina foi uma homenagem dos colonos a Maria Leopoldina de Áustria, esposa de D. Pedro I, e que chegou ao Brasil em 1817. Sua origem germânica favoreceu a imigração de alemães e, segundo Tölsner, ela muito contribuiu para a doação dessas terras. A autorização para o uso do nome Leopoldina foi dada em junho de 1819.
Em janeiro de 1821, chegou, pela terceira vez no Brasil, o médico e militar alemão Georg Anton von Schäffer, como ele próprio informou em sua obra Brasilien als unabhängiges Reich in historischer, mercantilistischer und politischer Beziehung, publicada em 1824 (traduzida em 2007). No ano anterior, havia começado a Revolução Liberal, em Portugal. Os brasileiros acompanhavam os acontecimentos na Europa e estavam inquietos. Movimentos por autonomia pipocavam no Brasil desde o final do século 18. Schäffer fez um pedido a D. João VI para radicar-se no Brasil. O Rei comunicou-lhe que escolhesse uma extensão de terra de sua preferência. Nesse meio tempo, Schäffer foi recebido pela Princesa Leopoldina. Assim que o documento foi assinado, Schäffer partiu rumo ao norte, com alguns colonos, e chegou na Vila Viçosa, que, segundo Schäffer, tinha abundância de tudo. Escolheu seu pedaço de terra no lado norte do Rio Peruípe, na margem do córrego Jacarandá. Essa terra fazia limite com a Colônia Leopoldina, que abrigava quatro famílias, tinha duas léguas de extensão e estava em franco progresso, de acordo com Schäffer. Com base no documento assinado por D. João VI, os funcionários da Vila Viçosa estabeleceram um terreno de uma légua quadrada para a nova Colônia. Logo os colonos começaram uma pequena plantação, com ajuda dos índios locais. Schäffer batizou a Colônia de Frankenthal ("Vale dos Francos") em homenagem a Franken (Francônia), região onde ele e outros colonos nasceram. A propeirdade de Schäffer ficou conhecida como Fazenda Jacarandá.
Após estabelecer Frankenthal, Schäffer retornou ao Rio de Janeiro. Posteriormente, ele foi enviado à Europa, por D. Pedro I, como agente de negócios públicos, e trouxe muitos colonos. Schäffer contou que, quando foi para a Europa, Frankenthal possuía 20 almas e 16 mil cafeeiros plantados. Ele deixou a Colônia sob a supervisão do amigo Joh. Schäffer faleceu, em 1836, em sua Fazenda Jacarandá. Segundo Oberacker Jr. (A Colônia Leopoldina-Frankenthal na Bahia Meridional, 1987), Schäffer tinha como sócios Johann Martin Flach (dono da Fazenda Helvécia) e o arquiteto alemão Johann Philipp Henning, natural de Wertheim, que veio com sua esposa.
Assim, eram originalmente duas colônias agrícolas juntas, em margens opostas do Peruípe: Leopoldina (margem sul, em Viçosa) e Frankenthal (margem norte, em Caravelas). Com o tempo, as fazendas das duas colônias passaram a ser referidas apenas como Colônia Leopoldina. Henning, um dos sócios de Frankenthal, foi escolhido posteriormente por Freyreiss para sucedê-lo na administração de Leopoldina, segundo Oberacker Jr. Ao que parece, seriam cinco sesmarias originais, três em Leopoldina e duas em Frankenthal. Os titulares das sesmarias deveriam doar uma parte das terras para outros colonos, segunda a legislação desse sistema de colonização. O sistema de sesmarias foi extinto após a Independência. Em algum tempo, a função de administrador da Colônia deixou de existir. Vários outros suíços e alemães adquiriram propriedades na região, aumentando muito a área chamada de Colônia Leopoldina, elevada posteriormente à condição de distrito de Viçosa, sem a parte de Caravelas.
O nome Helvécia vem de uma região da antiga Germânia, ocupada pela atual Suíça, e era o nome de uma das fazendas da Colônia Frankenthal, de propriedade do suíço Johann Martin (João Martinho) Flach (1781-1855), originário do Cantão de Schaffhausen, e um dos fundadores da Colônia Frankenthal. Flach estava no Brasil desde 1809 e conheceu Schäffer no Rio de Janeiro, em 1814. Segundo Oberacker Jr., o brasileiro João Flach (1818-1868), filho do Flach pioneiro, possuía quatro fazendas, que eram originalmente parte da Colônia Frankenthal: Helvécia, Kaya, Samambaia e St. Prés.
Os imigrantes alemães trouxeram também sua religião protestante, o que era um ponto de conflito em um país oficialmente católico. Sabe-se que o pastor Johann Leonhardt Hollerbach (1835-1899), da Igreja Luterana alemã, visitava a Colônia Leopoldina.
O café tem origem africana. Chegou ao Brasil, em 1727, trazido da Guyana Francesa. Chegou na Vila Viçosa por volta dos anos 1780, trazido apenas como bebida, por missionários italianos, vindos do sul, Pedro e Marcello. Hospedaram-se na casa do irmão de Manoel Fernandes Norinho, que informado pelos frades que o café era produzido no Brasil, obteve meia dúzia de grãos e os plantou no seu sítio do Sacco, uma légua distante da Vila. Os frades seguiram para Porto Seguro. Um ano depois, Norinho colheu mais de meia arroba de café em seu sítio e continuou produzindo pelas décadas seguintes. Norinho também vendeu suas mudas para agricultores da região. Muitos cafeeiros já existiam nas terras adquiridas pelos colonos alemães e suíços, quando eles chegaram (João Antonio de Sampaio Vianna, Revista da Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1843). Em meados do século 19, o café era o principal produto na Comarca de Caravelas.
Segundo Oberacker Jr., em 1824, existiam 50 mil cafeeiros plantados na Colônia Leopoldina, chegando a 60 mil, em 1825. Em 1824, existiam 20 propriedades na Colônia.
Por volta de 1835, o artista suíço Bosset de Luze nos deixou, em duas aquarelas, descrições da Fazenda Pombal, na Colônia Leopoldina. Pombal era o nome antigo do lugar, antes da fundação da Colônia. Uma terceira aquarela do mesmo autor está ao lado.
Em 1835, a Colônia Leopoldina abrigava 156 famílias e a produção de café naquele ano foi de 27.130 arrobas (Diccionario Geographico, Historico e Descriptivo do Imperio do Brazil, 1845). Em 1841, a exportação de café chegou a 36 mil arrobas (Fala do Presidente da Província, 1842) e a 80 mil arrobas em 1846 (Fala do Presidente da Província, 1847). Na Fala do ano seguinte, o Presidente da Bahia relatou que a mesma Colônia exportou de 66 a 70 mil arrobas de café, em 1847, que sua produção aumentava anualmente e eram 40 fazendas, com 130 pessoas livres, afora índios empregados na agricultura e 1.267 escravos.
A Grã-Bretanha aboliu gradualmente a escravidão, em suas colônias. As últimas foram as Antilhas britânicas (1834) e Santa Helena (1836). A partir de então, passou a pressionar os demais países a fazerem o mesmo.
Em 1851, segundo a Fala do Presidente da Bahia, essa Colônia possuía 43 fazendas de café e era a maior produtora de café da Bahia. Em janeiro de 1852, o Presidente da Bahia Francisco Gonçalves Martins, em viagem ao Sul da Bahia, visitou algumas famílias estrangeiras na Colônia Leopoldina, relatando que eram, na maior parte, suíços, que exportavam 70 mil arrobas de café e outros gêneros de consumo, através do Porto de Caravelas. Martins relatou existirem 54 estrangeiros, 400 brasileiros (incluindo descendentes dos imigrantes) e cerca de 1600 escravos. Martins relatou que a Colônia começava 6 léguas acima do Peruípe e que seus estabelecimentos eram bem mantidos (Fala do Presidente da Província, 1852).
Segundo Tölsner (1858), a situação da Colônia era de plena prosperidade. Existiam 40 fazendas de café, onde viviam 200 brancos, na maioria alemães e suíços, alguns franceses, brasileiros e 2000 pretos (escravos). Tölsner relatou que os pretos nasceram e se criaram quase todos na Colônia, recebiam tratamento humanitário e viviam em decentes núcleos familiares. Todos eram educados como cristãos. Os rapazes eram admitidos ao estudo de um ofício e as meninas eram instruídas em trabalhos caseiros. Apesar das observações de Tölsner, conflitos entre senhores e escravos foram registrados na Colônia desde os anos 1830, acentuando-se nos anos 1880.
Ainda segundo Tölsner (1858), no fértil solo e no abençoado clima da Colônia, eram cultivados com êxito: café, jaca, manga, fruta-pão, banana, laranja, abacaxi, mamona, cana de açúcar, algodão, fumo, milho, mandioca e vários legumes. A Colônia exportava anualmente perto de 100 mil arrobas, parte para a Bahia e parte para o Rio de Janeiro, em duas embarcações a vapor contratadas especialmente pela Colônia (Teófilo Otoni também relatou que os vapores subiam o Rio Peruípe, até a Colônia, para o embarque de sua produção). Existia, então, o Porto de São José do Peruípe, que também se ligava por terra à Cidade de Caravelas através de uma estrada, melhorada, em 1857, com recursos dos produtores da Colônia Leopoldina, da Comarca de Caravelas e da Província da Bahia (Fala do Presidente da Província, 1857). Em 1869, o Porto de São José da Colônia Leopoldina fazia parte da Linha Sul da navegação costeira da Bahia e possuía depósitos para armazenamento da produção.
A Colônia Leopoldina prosperou até por volta de 1880. A família Flach, dona da fazenda Helvécia, estava entre as mais prósperas. Em 1882, houve sério conflito com os escravos da Fazenda Monte-Christo, propriedade do vice-cônsul da Suíça Frederico Luiz Jeammonad.
Em novembro de 1882, foi inaugurado o primeiro trecho da Ferrovia Bahia-Minas, construída pelo engenheiro baiano Miguel de Teive e Argollo. A Ferrovia partia de Caravelas e passava pela Colônia Leopoldina, cuja Estação Ferroviária, foi inaugurada em 1897, com o nome Helvécia. Mas provavelmente existia algum tipo de parada para os trens nos anos 1880. Em meados do século 20, a Ferrovia sofreu com a concorrência das rodovias e foi desativada em 1966.
Até 1855 não existia um aglomerado urbano na Colônia Leopoldina, que continuava apenas como uma colônia agrícola, um aglomerado de fazendas. Algumas propriedades possuíam um arraial próprio, como a Fazenda Pombal, em 1835. Os batismos católicos tinham que ser feitos na Vila Viçosa.
Em 1855, o Presidente da Bahia recomendou a extinção da cadeira escolar para a Colônia, criada em 1852 e nunca ocupada, apesar de ter um professor nomeado, pois não conseguiu encontrar uma casa para alugar que se pudesse dar aula. O professor nomeado foi transferido para Alagoinhas. O Presidente também observou que os abastados não mandavam alunos para escolas públicas e que os pobres teriam problemas com transporte. De fato, a C. Leopoldina abrigava, médicos, engenheiros e naturalistas. Em 1825, o Cônsul Pedro Peyke contratou o alemão Johann Diederich Holtermann, como guarda livros da Colônia. A cadeira escolar da Colônia continuou vaga até que o professor João José de Souza foi nomeado, em julho de 1867, mas demitido, a seu pedido, em outubro de 1868. A cadeira voltou a ser ocupada, em outubro de 1874, e a Eschola da Colônia Leopoldina recebeu 299 livros e mais 134 exemplares no ano seguinte. Em 1867, já havia também uma subdelegacia na Colônia Leopoldina (Fala do Presidente da Província, 1868 e 1875).
Ao que parece, o núcleo urbano do Distrito de Colônia Leopoldina começou a se formar com o movimento do Porto de São José do Peruípe, no final dos anos 1850, e aumentou nos anos 1880, com a inauguração da Ferrovia Bahia-Minas.
A abolição da escravatura, em 1888, atingiu o modelo de negócio da Colônia, que entrou em decadência. Segundo Oberacker Jr., em 1923 ainda existiam alguns descendentes dos antigos fazendeiros. A partir dos anos 1970, boa parte das terras do Extremo Sul da Bahia, incluindo as do Distrito de Helvécia, foram usadas para plantações de eucalipto, que alimentam a indústria do papel.
Da antiga Colônia, encontra-se ruínas do Cemitério de São Pedro, com lápides. Uma busca abrangente na área poderia identificar ruínas de outras antigas construções. No início do século 21, a antiga Estação Ferroviária abrigava algum material sobre a antiga Colônia.
De forma geral, a atual população de Helvécia é composta de mestiços de índios, negros e brancos, com predominância de afrodescendentes. Desde o início dos anos 2000, o Dr. Valdir Nunes dos Santos tem estudado contribuições culturais dos habitantes de Helvécia, incluindo o que chamou de "Dança do Bate-Barriga" uma manifestação cultural que tem raízes na Umbigada do Recôncavo Baiano, com referência no século 17, pelo poeta baiano Gregório de Mattos.
Acima, fragmento da ilustração do artista suíço Bosset de Luze, cerca de 1835, representando a Fazenda Pombal, na Colônia Leopoldina, fundada por colonos de Neuchâtel, da Suíça.
Acima, Estação Ferroviária de Helvécia, inaugurada em 1897, Ferrovia Bahia-Minas.
Ruínas do Cemitério de São Pedro da antiga Colônia Leopoldina, onde se encontram lápides de antigos colonos. Foto de Valdir Nunes para sua Tese de Doutorado na Universidade de Lisboa: A Dança do Bate-Barriga em Helvécia (2017).
A Estação de Helvécia, ainda em operação, por volta de 1950.
Este é um fragmento da Carta do Vale do Mucuri, de 1859. A Colônia Leopoldina está indicada como "Colonia dos Suissos", na margem norte do Peruípe. Em vermelho (editado), o nome atual das localidades.
Georg Anton von Schäffer, fundador da Colônia Frankenthal, em reconstituição artística de Olga Sokolova para comemoração do Centenário de fundação do Forte Elizabeth, no Havaii, projetado e estabelecido por ele. Schäffer nasceu em 27 de janeiro de 1779, em Münnerstadt, na Baviera. Foi um médico e militar alemão. Esteve no Brasil, em 1813/14. Em 1815, esteve a serviço de uma companhia russo-estadunidense e tentou conquistar o Havaii, mas foi derrotado, em 1817. Esteve no Brasil, em 1818. Em 1821 veio ao Brasil, pela terceira vez, e fundou a Colônia Frankenthal. Após a Independência do Brasil, foi enviado a Europa por D. Pedro I, como agente de negócios públicos e trouxe muitos colonos ao Brasil. Faleceu em sua Fazenda Jacarandá, na Bahia, em 1836.
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Aquarela de Jean-Frédéric Bosset de Luze (1754-1838) representando uma das fazendas de café da Colônia Leopoldina (original na Pinacoteca de S. Paulo).
Helvécia
Foto Eduardo Lucas, 2014 / Google Maps
Por Jonildo Bacelar