Salvador em 1714
Vue de la Ville de St. Salvador du coté de la Baye
O engenheiro militar francês Amédée François Frézier (1682-1773) coordenou uma expedição científica à América do Sul de 1712 a 1714. Seus relatos e ilustrações foram publicados na obra Relation du Voyage de la Mer du Sud aux Côtes du Chily et du Perou (Paris, 1716), que tem descrições e comentários sobre Salvador e a Baía de Todos os Santos, incluindo um desenho da planta da cidade no Tomo Dois.
Frézier descreve Salvador com os olhos de um engenheiro militar. Observa que o local é de difícil acesso, devido à costa íngreme, onde os suprimentos necessitam de três grandes máquinas de içar para serem transportados para cima e para baixo. Relata que as ruas são tão regulares quanto é possível ao relevo, sendo a localização da cidade vantajosa do ponto de vista de uma fortificação, naturalmente inexpugnável. Para ele, os habitantes da cidade lembra o jeito dos franceses, embora sejam muito ciumentos com suas mulheres. Observa que a cidade tem várias igrejas e que a Catedral é a mais suntuosa, com uma bela vista para a Baía de Todos os Santos. Estima que a região possua cerca de 2 mil casas (Frézier parece se basear na estimativa de William Dampier, que estimou o mesmo número apenas para a Cidade Alta. Frézier parece que também copiou uma ilustração da Baía de Todos os Santos, publicada em 1703, do autor inglês).
Aspecto de uma das plantas de Frezier publicadas em 1758, em cores. O perfil da cidade está na parte superior e a planta, na parte inferior. O original ainda continha um corte transversal (ver abaixo).
Frézier também elaborou uma outra ilustração da Baía de Todos os Santos.
Planta de Frezier
Acima, Salvador vista do lado da Baía de Todos os Santos, em versão colorida de 1758.
Embaixo, ampliação da mesma vista, dividida em duas partes, na versão original de Frezier.
Planta de Salvador, de acordo com Frezier.
Palácio
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