Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos
A Igreja do Senhor Bom Jesus dos Aflitos foi construída pelo português Antônio Soares, na primeira metade do século 18. Ele fez um voto ao Senhor dos Aflitos e da Boa Sentença quando a essa imagem ainda estava em um nicho da Igreja das Mercês. O templo foi inaugurado em 1748, quando foi colocada a cobertura e a imagem foi transferida. As obras continuaram.
A Igreja dos Aflitos é identificada no Prospecto de Vilhena, de 1801, sem sua torre. Sofreu reforma, em 1824, e, no ano seguinte, foi criada uma Irmandade para cuidar do culto e da capela. A Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Aflitos ainda administrava a Igreja nos anos 1880.
A fachada atual, voltada para a Baía, é de meados do século 19. A torre é do século 19 e possui decoração de louça policromada, está parcialmente destruída, mas sua estrutura estava completa nos anos 1940.
Possui corredores laterais e tribunas superpostas.
O adro da Igreja foi terraplenado, em 1860, e funciona como um mirante para a Baía de Todos os Santos.
Seu interior possui uma nave com três altares de talha neoclássica, corredores laterais e tribunas superpostas. Os dois altares laterais e o arco do cruzeiro são do artista Maximiano de Oliveira Brandão, da primeira metade do século 19. A pintura do forro da nave é atribuída a José Joaquim da Rocha (c. 1780).
Entre as imagens, destacam-se: Santana Mestra, de Frei Agostinho da Piedade, feita para a capela do Unhão e atualmente no Museu de Arte Sacra da Bahia, N.S. das Dores, N. S. do Parto, N. S. da Soledade e S. José.
Situa-se em um ponto alto da Cidade, no Largo dos Aflitos. Por volta de 1970, Igreja foi cedida, em comodato, aos Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de São Salvador.
Mais: imagens antigas dos Aflitos ►
Representação artística da Igreja dos Aflitos publicada em 1864, no Illustrated London News. (clique para ampliar).
A Igreja dos Aflitos, com sua majestosa torre, em fotografia de Schleier, de 1876.
Mosteiro de São Bento
Esta ilustração foi erroneamente atribuída à Igreja dos Órfãos de São Joaquim (Eglise des Orphelins à Bahia). É na verdade a Igreja dos Aflitos. Está no acervo da Biblioteca Nacional, foi publicada na obra Vistas, usos e costumes do Brasil (Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro) e da Ilha de Ténériffe, com data atribuída entre 1836 e 1839.
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A Igreja dos Aflitos em 2012, com a torre parcialmente destruída.
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Interior da Igreja dos Aflitos em 2014.
Torre da Igreja dos Aflitos