Carnaval

O Carnaval de Salvador é a maior festa de rua do mundo. Os foliões dominam completamente a Cidade, por mais de uma semana. As festas do verão de Salvador começam em 4 de dezembro, com a Festa de Santa Bárbara, no Pelourinho, e terminam depois do Carnaval.

A folia do carnaval baiano é secular. Já em 1832, Darwin participou do Carnaval de Salvador e registrou as brincadeiras da Cidade, na época. Era o entrudo trazido de Portugal. No século 20, os baianos inventaram o trio elétrico e abandonaram os desfiles alegóricos.

O Carnaval acontece, ao mesmo tempo, em vários bairros da Cidade. Nenhum outro carnaval no mundo chega perto da contagiante folia baiana.

O Carnaval da Bahia gerou alguns dos melhores guitarristas do mundo, como Armandinho e Pepeu Gomes. Também gerou grandes percussionistas como Carlinhos Brown e o Olodum, entre os melhores do mundo. Além de tudo isso, os baianos criaram um gênero musical especialmente para o Carnaval: o Axé.

Nem só de axé, samba e frevo vive o Carnaval da Bahia. O sucesso do evento atrai músicos de todo o Brasil, misturando vários ritmos. Nos anos '80 o trio elétrico do Papa-Léguas tocava a 5ª Sinfonia de Beethoven e todos aplaudiam.

Os blocos carnavalescos que participam do Carnaval de Salvador incluem os afros, de trio elétrico, de samba, afoxés, percussão, infantis e outros.

Em 2017, foram gigantes 791 atrações, com cerca de 19 mil artistas, durante os oito dias do Carnaval de Salvador.

 

Desfile de blocos no Campo Grande durante o carnaval de Salvador (foto Manu Dias).

 

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Daniela Mercury canta Chame Gente (de Armandinho e Moraes Moreira), em Ondina, no Carnaval de Salvador. Nessa versão, Daniela começa ao ritmo do axé baiano e termina no frevo pernambucano.

 

 

 

 

Palanque da Praça da Sé.

 

Sambistas baianos no Carnaval de Salvador, em registro do fotógrafo francês Marcel Gautherot, no início dos anos 1960 (Reratos da Bahia, 1996). Os sambistas baianos eram dançarinos acrobatas. Esse estilo baiano de sambar já existia no século 19. Os sambistas baianos exibiam seu talento no cento de uma roda de samba.

O samba nasceu na Bahia. Suas raízes remontam ao século 17 ou antes. Recebeu influências africanas, indígenas e europeias.

As referências à força do samba em Salvador, no século 19, são abundantes em jornais da época. O samba chegou no Rio de Janeiro no início do século 20. Em 1844, os cariocas ainda não sabiam o que era samba. O jornal carioca O Brasil respondeu, naquele ano, a uma provocação de um jornal baiano, que chamou alguém da oposição para ser o rei dos sambas na Bahia. O jornal carioca respondeu, assim: "desejaramos saber que honra é essa que lhe destinam os ministeriais bahianos, e pois perguntamos aos seus patricios e co-religionarios da imprensa da côrte, o que será samba, que bahianice é essa, meus Srs.?"

Mais: a História do Samba

 

Imagem da transmissão ao vivo, do Carnaval de Salvador, em canal especial do YouTube, em 2014. Na imagem vê-se o Carnaval do Farol da Barra, com ambiente no terrapleno do primeiro farol da América. O Carnaval de Salvador é multiambiental e acontece em vários bairros da Cidade. Busca-se, assim, evitar multidões exageradas e dar espaço para todos brincarem na maior festa do mundo.

 

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O tradicional e divertido Bloco Eva (imagem de divulgação).

 

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