Paisagismo em Salvador
Fundada no século 16, Salvador foi construída com planejamento desde o início. No século 19, a paisagem da Cidade, vista da Baía de Todos os Santos, era admirada e comentada na Europa. Darwin, ao chegar em 1832, escreveu em seu diário: It would be difficult imagine, before seeing the view, anything so magnificent. [...] — But their beauties are as nothing compared to the Vegetation; I believe from what I have seen Humboldts glorious descriptions are & will for ever be unparalleled.
Até o início do século 19, Salvador era banhada por um imenso lago, represado no século 17. Com a expansão da Cidade, esse lago foi gradativamente reduzido até restar apenas o pequeno, mas belo Dique do Tororó, com o estádio da Fonte Nova em sua margem. O século 19 conheceu, também, o primeiro jardim botânico da Cidade, instalado no Passeio Público, um dos mais encantadores espaços de lazer de Salvador, na época.
Hoje, Salvador, ainda naturalmente bela, abriga, além das praias, vários parques e jardins espalhados pela Cidade.
O Dique do Tororó, a parte remanescente de um antigo lago represado no século 17 para proteção da Cidade. Esculturas de orixás decoram o lago (foto João Ramos).
O belo Campo Grande, decorado com esculturas em estilo silvestre. Foi urbanizado no século 19 e conta com mais de 270 árvores, muitas nativas da mata atlântica e outras da África, como as palmeiras Borassus. Essas belas palmeiras também existem em outras partes da Cidade. A irrigação dos jardins é feita através de poços artesianos.
Floração do Jacarandá da Bahia na avenida São Rafael. As construções de Salvador, do século 16 ao 19, utilizaram muita madeira desse bela árvore, nativa do Brasil (foto Tiago Neto).
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A alameda de bambus, na entrada do Aeroporto de Salvador, existe desde os anos 1940.
Paisagismo na avenida Centenário (foto Tiago Neto).
Entrada da Baía de Todos os Santos, vendo-se, ao fundo, o elevado bairro da Vitória. A densa vegetação na costa de Salvador sempre existiu. Alguns dos edifícios possuem marinas próprias. No passado, mansões brancas pareciam brotar na mata. Na foto, chegada em Salvador do navegador francês David Raison, vencedor da regata internacional La Charente-Maritime Bahia 2011 - Transat 6.50.
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Adenilson Nunes